terça-feira, 15 de agosto de 2017

Agosto verde

Em agosto, Centro de Hematologia e Oncologia alerta sobre o linfoma

          Agosto verde. Essa é a cor e esse é o mês que marcam o combate ao linfoma – alguns tipos de câncer que ocorrem em diferentes faixas etárias, sendo que um, o linfoma não-Hodgkin, por razões ainda desconhecidas, teve o número de casos duplicado nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.
          Sempre preocupado em prevenir o câncer, o Centro de Hematologia e Oncologia, localizado em Joinville, e referência no Norte do Estado, quer conscientizar as pessoas sobre bons hábitos, esclarecer dúvidas sobre a doença e recomendar que é preciso procurar um médico, caso haja alguma suspeita.
          Para entender, o sistema linfático é composto por órgãos, vasos e tecidos linfáticos e pelos linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas), que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. Esse sistema produz e transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema de defesa do organismo. O linfoma ocorre quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce sem parar e se dissemina pelo organismo.
          Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e grau de agressividade diversos, e podem ser divididos em dois grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma de não-Hodgkin.
          Na Doença de Hodgkin, os tumores disseminam-se de um grupo de linfonodos para outros grupos de linfonodos através dos vasos linfáticos. O local mais comum de envolvimento é o tórax, região também denominada mediastino.
Segundo a hematologista, doutora Gabriela Gastal, a doença pode surgir em qualquer faixa etária. “Mas é mais comum nas pessoas de 15 aos 40 anos, atingindo maior frequência entre 25 a 30 anos”, completa.
          A incidência de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com Doença de Hodgkin pode ser curada com o tratamento atual. 
          Já o linfoma não-Hodgkin são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou linfonodos), organismos muito importantes no combate a infecções. Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Muitas pessoas costumam notar linfonodos aumentados no pescoço, axilas ou virilha. O aumento dos linfonodos é menos frequente próximo às orelhas, cotovelo, na garganta ou próximo às amídalas.
Raramente, o linfoma não-Hodgkin pode se iniciar em outro local, como ossos, pulmões ou pele. Entre os linfomas, é o tipo mais incidente na infância.  

Doença de Hodgkin
Estimativa de novos casos: 2.470, sendo 1.460 homens e 1.010 mulheres (2016 - INCA)

Número de mortes: 536, sendo 291 homens e 245 mulheres (2013 - SIM)

Linfoma não-Hodgkin
Estimativa de novos casos: 10.240, sendo 5.210 homens e 5.030 mulheres (2016 - INCA)

Número de mortes: 4.154, sendo 2.303 homens e 1.851 mulheres (2013 - SIM)

Recomendações
* Evite a exposição prolongada a produtos químicos, em especial aos produtos agrícolas;
* Pacientes infectados com o vírus HTLV e o vírus HIV correm risco maior de desenvolver linfoma;
* Faça um autoexame frequentemente. Quanto mais você conhecer o próprio corpo, mais depressa identificará possíveis alterações físicas;
* A incidência de linfoma aumenta com a idade; por isso os idosos, principalmente os de ascendência europeia, devem redobrar a atenção;
* Procure um médico se notar a presença de uma íngua (gânglio) no pescoço, axila, virilha, especialmente se ela não for dolorosa, tiver crescimento rápido, e você não apresentar nenhum outro sinal de infecção.

Fonte: INCA e Drauzio Varella


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